segunda-feira, 25 de abril de 2016

O Zé de Abreu na Globo Golpista

mostrou como se pode ser diplomata com quem lhe emprega e, ao mesmo tempo, manter-se firme e denunciar o golpe no olho do covil.

É evidente que a Globo não o chamaria para entrevista um domingo antes.

É evidente que a Globo quis tentar se defender da Imprensa internacional que já a enxerga como a golpista maior do país.

É evidente que a Globo quis sair de ridícula responsiva de espaço de leitor do The Guardian.

Tudo isso é evidente. Mas, mais evidente foi o fato de que, até hoje não vira antes, calar o Faustão que, via de regra, falando pelos cotovelos, fala mais que o entrevistado.

Parabéns ao Zé de Abreu, um cara decente. Desceu o cacete no vergonhoso golpe.

George Alberto de Aguiar Coelho

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Por que estamos assustados? Marcel Coelho

O Congresso nesse momento espelha o Brasil. Muitos dos que votaram "sim", assim o fizeram pensando em suas bases eleitorais.

País predominantemente conservador, preconceituoso e com uma crescente onda medieval de origem religiosa. A maioria da população apoia o que está acontecendo.

Existe uma esquerda progressista? Existe. Mas essa mesma com uma leitura fragmentada e esquecendo as grandes causas muitas vezes não hesitou em apedrejar a presidente da república pelas concessões advindas da necessidade em conversar com esse congresso.

Congresso que muitos estão apenas hoje conhecendo. Estarrecidos? No cenário que se construía, apedrejar a presidente era um favor concedido à essa direita que anseia por dominar o país.

Pedras são pedras e críticas são críticas. São sujeitos de dimensões distintas. O linchado morre não com uma pedra mas com o conjunto delas. Não espero que os linchadores, sejam os da direita, os da esquerda, como também àqueles que jogaram pedras das nuvens, assumam agora suas responsabilidades.

A política não tem sido uma esfera da hombridade.  O que estamos assistindo é apenas o vetor resultante dos comportamentos das ruas. Das redes sociais. Da sociedade brasileira. Em toda seu horror, mediocridade e medievalidade! Lembrem-se das conversas que tiveram nas redes sociais, nos ônibus, no futebol, nas universidades, com alunos e ruas.

Estamos com vergonha do congresso? Tenhamos vergonha de nós mesmos. Jogaste pedra na honrada presidente Dilma Rousseff durante todos estes anos com uma leitura limitada das grandes causas nacionais? Ganharás um novo presidente.

Há muito deixei a complacência com o povo brasileiro. Classes inteiras como OAB e entidades médicas... A presidente Dilma definitivamente não espelha a sociedade brasileira em seu vetor resultante neste momento. Teremos um presidente que melhor a espelha. Nesse e somente nesse sentido, a democracia se fez hoje e provavelmente se fará nas semanas vindouras.

Quanto às minorias progressistas...Não sei de onde tiraremos forças para continuar a caminhada em um país que sofre um golpe de estado em pleno século XXI. Em 64 tínhamos uma desculpa. Havia um forte conluio internacional. Esse conluio também existe hoje. Entretanto, hoje não seria tão condescendente.

Quando li a primeira biografia, aos 16 anos, nunca imaginava quão profunda e difícil seria por em prática àquela singela frase "Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura...". Mais fácil nos apegarmos aos fatos.

Brasileiros, reconheçamos a autoria do país que estamos construindo!

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Se essa Cunhanocracia

Resistir a uns dez anos
Vai ter fome e carestia,
Promessas e desenganos
Sol vai descer sobre a terra,
Vai ter morte, vai ter guerra,
E Norte sem norte e plano.

George Alberto de Aguiar Coelho

sábado, 16 de abril de 2016

Se o morro desce...

O país parou desde o início da Copa pra ensejar o golpe. Tirante os erros crassos do governo, feitos no afã de agradar a plutocracia que o golpeava, esta sofreu com seu próprio boicote, no caso, lock out.

A engenharia nacional perdeu competitividade, espaço no mercado exterior e demitiu milhares de pessoas. O mote foi a LavaJato. A orientação e comando é da CIA.

Por coisas banais, hostilizaram e prenderam nosso maior cientista que estava na liderança da construção de submarino nuclear brasileiro e enriquecimento de urânio. Estaleiros nacionais, que tinham renascido com Lula, fecharam por falta de novas encomendas, porque a Petrobrás está sob fogo cerrado.

O mote pra tanta destruição pode se resumir em dois pontos: BRICS e Pré-sal. O primeiro, a possibilidade de o mundo ver cinco das suas principais economias no mercado de petróleo com moeda diferente do dólar. Antes, o ditador da Líbia, Kadafi, foi morto porque tentou tornar o ouro a moeda padrão para as operações financeiras com o petróleo dos árabes. Quanto ao Pré-sal, descoberto por engenheiros da Petrobrás, tem reservas de US$ 10 tri.

A operação internacional foi conjunta: derrubar o preço do petróleo pra levar à lona Rússia, Brasil e Venezuela (quarta reserva do mundo) e mandar recado à China. Na África do Sul,um dos BRICS, presidente também sofre processo de impeachment.

Pra dar certo o golpe, era preciso baixar o preço do petróleo. Contavam com empresas americanas fraqueando   rochas e obtendo gás em seu território. E também com o restabelecimento de paz com o Irã. Mas o fôlego tem limites e as petroleiras dos fracks estão quebrando.

No Brasil, a apnéia profunda dos empresários também se finda. De tal maneira que, se o morro desce, as calças da plutocracia, furadas por fogo amigo, também descerão expondo sua nudez ridícula.

George Alberto de Aguiar Coelho

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Tá no posto, o Ipiranga

Se o PT sobreviver?
Tá no posto, o Ipiranga
Se for o Temêrdebê?
Tá no posto, o Ipiranga
E se mais acontecer
Se o Lula cair de cana
Esse Moro não me engana
Tá no posto, o Ipiranga

E se o tucano vier?
Tá no posto, o Ipiranga
Se for a beata mulher?
Tá no posto, o Ipiranga
Se o Janôt pegar no pé
E o Cunha sair da lama
Se se mostrar toda a trama
Tá no posto, o Ipiranga.

E se o pré-sal se entregar?
Tá  no posto, o Ipiranga
Se a Petrobrás se acabar?
Tá no posto, o Ipiranga
Se o Brasil emborcar
Se o Serra virá montanha
De tanta grana que ganha?
Tá no posto, o Ipiranga.

Se ganhar o Merendão?
Tá no posto, o Ipiranga
Escola faltando o pão?
Tá no posto, o Ipiranga
Se gritar pega ladrão
Se o povo já nem mais manga
E nem sabe quem esculhamba
Tá no posto, o Ipiranga.

E se o Sanders vencer?
Tá no posto, o Ipiranga
E Dona Clinton perder?
Tá no posto, o Ipiranga
E se o Fidel não morrer
Se o Trump dançar um samba
E se a poliça lhe apanha
Tá no posto, o Ipiranga.

Se o Ciro aloprar
Tá no posto, o Ipiranga
E o país avançar
Tá no posto, o Ipiranga
E Sobral acontecer
O FHC não correr
E o Panamá se perder
Tá no posto, o Ipiranga.

Que diabo tem o Ipiranga
Que sempre tá lá no posto
Não sente mais bem o gosto
De sempre tá no poder
Já nem mais sabe o porquê
Dele ter pegado a fama
Pois com saúde ou de cama
Tá no posto, o Ipiranga.

George Alberto 

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Impeachment, não.

A partir do segundo mandato, a oposição parou o Brasil,levando suas mais importantes empresas à bancarrota num processo que, pela ação, indica fortes interesses externos, p.e., relativos ao pré-sal e BRICS.

A Presidenta não cometeu nenhum crime, portanto não cabe impeachment. Quanto à possibilidade de renúncia, seria trágico, se não fosse cômico, o poder cairia no colo do político mais inidôneo, pra não usar outro adjetivo mais forte, ladrão, o Cunha.

sábado, 9 de abril de 2016

A merenda do Geraldo

Tou no estado mais rico
Que tem metrô da Alston
Panela batendo som
De protesto na Paulista
Vi Capez dando entrevista
E me diz: sou inocente
Poliça batendo em gente
E a merenda, Geraldo?
Do feijão, sobrou o caldo
Do arroz, mais nem semente

George Alberto de Aguiar Coelho

Porque o povo não é bobo

Seu Dotô tome tenência
De mexer com esse povo
O Sinhô é muito novo
E lhe falta experência.

Um adjutório vou dar
Pra que o Sinhô se encaminhe
E não mais se descaminhe
Pro falta de boa crença.

Ói, o povo assim é

Até aguenta o mal feito
Mas não de quem o direito
Fez juramento de fé.

O Sinhô com sua coié

Em toda hora foi justo?
Se trata bem os Augusto,
Pro que briga com a muié?

Que o Sinhô tem contra ela?
Que encontrou de errado?
Qual é dela o pecado,
Pra toda essa querela?

Vosmecê acha pouco
O povo tê-la elegido,
Feito mio escoído,
Tantos votos dos cabôco?

Ou é dos que assim pensa
Que gente lá do sertão
Basta só dar circo e pão
Que aceita quarquér ofensa?

Se for assim, pensa torto
Povo não é que nem gado
Que se tange enganado
No meio de alvorôço.

Ói... Ele sabe o que quer
Vê roubo noite e de dia
De santo de sacristia,
Mas nenhum fez a muié.

Não me importa se o Senhor
É juiz, policiá,
Ministro de tribuná,
Se é Gilmar, Moro, Janôt.

Tudo na conta do povo
Que lhe provêm o sustento
Não rasgue seu juramento
Porque o povo não é bobo.

George Alberto de Aguiar Coelho




sexta-feira, 1 de abril de 2016

#GloboGolpista refuga listas

De emissora golpista,
O povo, que não é bobo,
Já tachou a Rede Globo.
Refugando fatos, listas,
A Globo até dá pistas
Pra analfabeto de Brecht,
De Leste até Oeste.
Diz que tem nome demais,
Não pode ler o rapaz
A lista da Odebrecht.

Mote:
http://goo.gl/eMOApw