sexta-feira, 18 de abril de 2014

Prazeres da carne

O nome carnaval já diz tudo: prazeres da carne. E o pecado vem de longe. Dizem que da Grécia dos anos 600, 520 AC. Mas se a festa de hoje tem uma culpada, ela se chama igreja católica. O Carnaval serviu pruma despedida da carne nos 40 dias de penitência da Quaresma, iniciada pela Quarta-Feira de Cinzas. Lembro-me, menino em Piracuruca-PI, com os braços passados cinzas na igreja matriz de lá. O sentimento que tinha era de pecado, sem saber o que era pecado. Coisa mais sem noção. Nem hoje aprendi o que é. O carnaval inicialmente tinha 3 dias. Porém, a gente daqui achou pouco e começou a esculhambação já na sexta-feira. Antes, no carnaval, dominavam as marchas e era oportunidade de se ver nascer música boa. Depois, vieram os baianos e dominaram o pedaço com percussão arretada de tambor. E surgiram as micaretas das capitais. Das quais a de Fortaleza criava um inferno pros habitantes da Beira Mar. Saíram de lá e foram azucrinar os ouvidos dos moradores que vivem próximos a Cidade 2000, arredores da avenida que vai pra Praia do Futuro. E micareta é o que não falta pros grupos baianos, chicleteiros ou não. O último que vi mais de perto foi no ano passado, quando passava por Sobral. Um calor dos infernos, igual a todo carnaval. Se o Brasil fizesse foguete, trem-bala, tatuzão, navio etc. com a mesma disciplina, gosto, coordenação que faz andar um carro de alegoria carnavalesca, seríamos o primeiro do mundo. E onde vem a estória do índio de Debret? Será carnaval também? Terá vindo dos franceses? Eh Eh Eh Índio quer apito, se não der pau vai comer.

Mote:

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