domingo, 2 de fevereiro de 2014

O próximo voo suborbital de um brasileiro

Pedras nem sempre servem apenas pra serem jogadas. Pedras podem alicerçar fundações, levantar construções perenes. Avaliações são pedras que se lançam ou embasam feitos. O programa Ciências Sem Fronteiras, por exemplo, merece uma avaliação. Quem poderá melhor avaliá-lo senão os que nunca se depararam com programas parecidos? E são muitos como eu. Num passado recente, somente se a pessoa tivesse muita grana, poderia investir na educação dos filhos no exterior. Investimento feito por conta própria. Eram raros os que conseguiam fazê-lo. Diante de governos até então placidamente colonizados e amofinados (palavras que podem parecer antigas, mas postam o retrato da nossa vetusta subserviência)... Pois bem, entre tais governos colonizados jamais passaria na cabeça deles que se promovessem, como realmente nunca se o fizera antes, programas que levassem jovens, classificados por seus méritos, a ter uma experiência internacional de estudo em país estrangeiro avançado em ciência e tecnologia, com tudo pago pelo estado brasileiro. Ressalte-se que dinheiro nunca faltou, o que faltava era espírito público de fazer um país soberano. Assim, avalio e louvo (pedras no alicerce) o programa Ciências Sem Fronteiras, como um cantador nordestino louva uma mulher bonita. Louvo porque inovou pra melhor fazendo o simples. Sem mais delongas, copiando países que se desenvolveram enviando seus melhores jovens pra formação em ciência de ponta, como fizeram e fazem Japão, Coréia do Sul, China, etc. Atiro pedras: os que dele usufruíram nem sempre lhe reconhecem, como deveriam por justiça, o cabedal de experiências que adquiriram com o programa e os resultados alcançados. Resultados de jovens como o do promissor engenheiro aeroespacial, Pedro Henrique Dória Nehme, que fez parte do programa Ciências sem Fronteiras e também por conta de qualificações obtidas ali, foi vencedor de um prêmio de viagem ao espaço concedido pela empresa aérea holandesa KLM. O engenheiro Pedro, que reconhece o grande proveito havido no programa, promete mais fazer bonito nos próximos, aposto nisso, programas espaciais brasileiros. Porque a Base de Alcântara, uma das de melhor posicionamento geográfico pra lançamento de foguetes do mundo, não tem vocação pra ser entregue de mão beijada às potências estrangeiras, como queria um certo príncipe cansado, que nunca pensou num programa como o Ciências Sem Fronteiras. George Alberto. 

Mote:

Nenhum comentário:

Postar um comentário