segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Lugar de presidente guerreiro é no "front"

Quand les riches se font la guerre, ce sont les pauvres qui meurent  - Jean-Paul Sartre(Quando os ricos fazem a guerra, são os pobres que morrem)

Parodiando Nelson Rodrigues que disse: "O penalty é tão importante que quem deveria batê-lo era o presidente do clube", assim também é a guerra. Guerra é tão importante que quem deveria estar no "front" era o presidente da nação que a deflagra. Fácil é um presidente dizer um monte de mentiras pra envolver um país numa guerra, sem comprometer a vida sua e dos seus familiares, mas sobretudo de inocentes conterrâneos, mercenários de outros países e/ou de inimigos criados por sua beligerância dos infernos.
 
Assim procedeu Bush Pai e Bush Filho com o Iraque, com o Afganistão. Mentiram os Bushs desbragadamente com aleivosias do tipo que Saddam Hussein, um antigo agente da Cia, procedia ataques químicos aos inimigos e tinha armas de destruição em massa. O primeiro fundamento, devo refazer, não era mentira, era verdadeiro. Mas ele Bush Filho não explicou que as armas químicas foram fornecidas justamente pelos aliados americanos com o fim de detonar os iranianos. O segundo fundamento, uma mentira deslavada como provou as inspeções negativas feitas pela ONU.

De qualquer forma, os objetivos de Bush Pai e Filho foram plenamente alcançados. Apesar de mais de milhão de mortos e inválidos trazidos com a guerra que não tem fim e o enforcamento de Saddam Hussein sem que se tenha deixado conhecer sua verdadeira história, segredos e manhas com os poderosos plenipotenciários de nações, pois que muita gente boa seria co-interessado na guerra.
 
Finalmente, após muitos brabos ataques, e mortos aos montes, ganhou a indústria de petróleo, capitaneada pelo vice Dick Cheney, do qual Bush Filho dizem ser um potentado sócio. Ganhou a ideologia e interesses dos bravos falcões republicanos. E a desgraça comeu e come de esmola, aliás esmolas que se dão em forma de empréstimos a pagar com petróleo de ruma pelo povo iraquiano. Tudo pra construir a infra-estrutura que existira no país e foi destruída justamente pelo agora emprestador.
 
Vem hoje a reportagem do Jornal da bela Itália, La Stampa, dizer da frustração italiana sofrida na guerra do Iraque. Inicia-se o escrito com uma constatação dolorosa: dez anos depois de uma bomba kamikase estourar em uma base italiana, a de Carabineri em Nassiria, Iraque deixando 19 mortos, e uma vintena de feridos, a operação militar, que se imaginava fácil, transformou-se em grande ilusão.
 
Pois bem, tudo isso poderia ter-se evitado se tivessem mandado o primeiro ministro Berlusconni combater no front, o mesmo fazendo com os presidentes Bush Pai e Filho, cada um em sua época. Tudo se evitaria se, diante da importância que tem uma guerra, o próprio presidente da nação que a aprontasse estivesse pessoalmente na frente das tropas, como um verdadeiro soldado, certamente que acompanhado dos seus bravos generais.

Então que na próxima guerra, essa que os Bushs deixaram pendente com o Irã, e também a da Síria, vamos exigir: Presidente Obama, por obséquio, antes de enviar soldados e drones ao conflito, o Senhor, como prêmio Nobel da Paz, e justo que insinua ser; o Senhor deveria se dirigir pessoalmente ao "front" da guerra, pegar em armas, dar combate ao inimigo e, assim, servir de exemplo verdadeiro à tropa e à sua nação guerreira.

Inferno a #Nassirya 10 anni fa l’Italia si scoprì in guerra 
Dieci anni fa un camion bomba con kamikaze alla guida si schiantava contro una base dei Carabinieri a Nassirya, Iraq. L’Italia si scopriva in guerra con 19 morti e una ventina di ...Afficher la suite

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