terça-feira, 5 de novembro de 2013

Independência do Banco Central

Quando, no Senado, Renan Calheiros (PMDB) se afina em ideias com Álvaro Dias (PSDB), o país estremece. Que as burras (cofres) da nação se preparem!

Preparem-se pra volta da época do livre mercado. Tempos em que a taxa Selic passou dos 40%, como acontecia no governo FHC. Em outubro de 1997, a Selic chegou a escandalosíssimos 45,67%; em novembro de 1998, 42,12%; em março de 1999, foi de 44,95% etc. Por que alguém deixaria a taxa Selic flutuar livremente conforme o gosto dos especuladores? Por que alguém se ufanaria de ter a maior taxa de juros do mundo, tudo pra atender o mercado?

A pretexto de dar segurança ao investidor, ferra-se a nação brasileira. Hoje mesmo com a taxa Selic a 9,5 %, somos o terceiro maior pagador de juros no planeta. Ainda assim, a plutocracia, recebedora do Doce Bolsa Família Rica, acha pouco, chia feito panela de pressão em fogão de barro; pressiona a imprensa, nacional e de fora, em campanha pra derrubar ministro etc.

O que pretende com isso a casa-grande? Simples, quer que o destino dos juros seja definido, não por um governo democraticamente eleito, mas por esse ente nada abstrato, bastante tangível e tangedor em seus próprios interesses, chamado mercado. Assim, se livraria da interferência desprezível da ignara ralé tupiniquim.

Que Deus nos acuda!

Motes:
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,sem-avisar-ao-lider-do-governo-renan-pretende-votar-autonomia-do-bc-,1090683,0.htm

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/11/1366040-brasil-e-3-do-mundo-em-gasto-com-juro.shtml



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