sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Primeiro condenado no mensalão tucano

A revista dá a boa nova, como se algum dia o condenado, e os demais envolvidos no caso, chegassem a ser presos. Nunquinha, que a condenação ainda é na primeira instância. De tal sorte que o santo do barroco mineiro ainda dará ao sujeito mais três chances pra reverter o resultado. Aliás quatro, sendo que a última não falha. A primeira das chances restantes pro réu é o julgamento na segunda instância, ou seja, julgamento pelo Tribunal Federal. A segunda, julgamento no STJ. A terceira, julgamento no STF. A quarta, como a gente pode bem imaginar pela lepidez da Justiça, será o prazo prescricional fatal, que vai zerar a ficha do felizardo. 

Tudo isso aí acontece porque, sem mais reclamos do Ministério Público Federal - MPF , o Supremo Tribunal Federal - STF mandou pra justiça comum (sabe-se lá por quê) o mensalão mineiro, diferente do que fez com o igualzinho mensalão petista. A freguesia favorecida penhoradamente agradece e estufa o peito plumoso, que ninguém é besta de incomodar bico grande de tucano.

E a estória se parece de vera com aquele condenado à morte que pediu ao rei um tempo extra de vida (vamos chutar uns 5 anos) que ele, nesse lapso, faria um burro falar. O rei, sacudido pelo impacto da promessa, concedeu o prazo, mas foi enfático: se o condenado não obtivesse êxito no prometido, iria pra forca sem delongas. Aí mal se viu livre, o sujeito foi indagado por um amigo se não se preocupava em conseguir o resultado da promessa estapafúrdia feita ao rei. A resposta veio de bate-pronto. Ora, meu caro, em 5 anos, ou morre o rei, ou morre o burro, ou morro eu (nesta ordem). 

George. Alberto de Aguiar Coelho

Mote:
 http://www.cartacapital.com.br/politica/justica-condena-primeiro-reu-do-mensalao-mineiro-8553.html

Um comentário:

  1. É isso. O impressionante é que muita gente não enxerga essa disparidade de tratamento. Ou não quer enxergar.

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