domingo, 31 de março de 2013

Nim

Há uns cinco anos, um agrônomo, Portela, me disse que o Nim era abortivo aos pássaros. Há um ano atrás, um criador de abelhas me disse que onde tem Nim não tem abelhas. A cidade de Fortaleza e muitas no interior estão cheias de Nim, uma variedade exótica da Índia trazida há 20 anos e no começo usado o extrato de suas folhas pra fazer shampoo. O que a planta tem de bom? Seu rápido desenvolvimento; a resistência ao ataque dos cupins, dizem também, e eu comprovei o contrário numa casa na Aldeota que tinha Nim e muita muriçoca, a muriçocas. Acho que o Nim tá na casa do sem jeito: chegou, viu e venceu igual a Júlio Cesar. Não sei se o problema dele é ser árvore exótica. Afinal manga, graviola, coqueiro, sapoti, carambola parece que afora, o cajueiro, a carnaúba, a aroeira, a canafístula, o juazeiro, o sabiá, o mufumbo, pouco resta na Caatinga e principalmente nas cidades do Nordeste de plantas não exóticas. No que vai dar? Não sei. E se jogassem uns Chinas por aqui? Creio que se disseminariam, pela competência, trabalho e resistência. Coisa não muito diferentes do que faz o Nim sobreviver e vencer fora de suas plagas, que a praga maior é mesmo gente. George.

Mote:

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