quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Aírton Monte

Faleceu em 10/09/2012, Aírton Monte. Não o conheci. Esclareço: pessoalmente não; mas de suas crônicas, sim. Sempre que lia o jornal O Povo, uma das partes minhas preferidas eram as crônicas de Airton Monte. Um psiquiatra que não tinha vergonha de chorar e mostrar suas fraquezas e amarguras, demasiadamente humanas. Airton sempre falava no pai - falecido há uns 3 anos - nas lições filosóficas de vida que aprendera dele. O Solar dos Montes, situado na Gentilândia sombreada de mangueiras frondosas, era o palco preferido de suas recordações. Nos seus escritos no jornal O Povo, Airton dava verdadeiras aulas da psicologia humana e do contemplativo viver o essencial. Crônicas  repletas de simplicidade e sabedoria onde, a exemplo do livro de Erasmo de Roterdã, deixava transparecer sutis elogios à loucura humana. Loucura na sua forma mais branda, se é que loucura tem forma branda. 
Se de loucos, médicos, treinadores de futebol, todos nós temos um pouco, Airton não era exceção. E parecia exacerbar tais qualidades humanas, quando, pela coragem em expô-las, as tinha como suas.

http://www.opovo.com.br/app/opovo/vidaearte/2012/09/11/noticiasjornalvidaearte,2917303/inventor-de-delicadezas.shtml

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