quarta-feira, 6 de junho de 2012

Não vi Vênus



Foto Nasa/Divulgação


Puxa vida! Acabei não vendo Vênus, ontem sobre o Sol. Também não era pra menos. A notícia era que o passeio de Vênus se daria à noite, hora esquisita pra se ver o sol. Mas espero, sinceramente, não perder a próxima oportunidade de ver Vênus, assim como saiu na foto aí de cima, em  2117.
Uma sobrinha minha me disse que se contentava só em ver de novo o cometa Halley, em 2061. Pelo Halley, não tenho tanta curiosidade assim, também já o conheço. Quando ele vier, será o de sempre, cheio de poeira de rodar estrada sideral tirana. Aliás já vi dois cometas.  Me recordo do primeiro, nos anos 1970, motivo do meu pai me acordar de madrugada, nos idos dos anos 1970. Morava numa casa com alpendre bonito na rua Solon Pinheiro, no centro de Fortaleza. O danado do cometa, do qual não me lembro o nome, apareceu pra mim todo deslumbrante e sem pressa, bem defronte do alpendre, que olhava pro nascente. Inesquecível o visto. Um pavão prateado no céu.
Já o Halley... Em 1986, me taquei pras bandas dum mato onde hoje é o Clube do Vaqueiro, nos arredores da capital. Fazia sentido a viagem, pois Fortaleza , já nessa época, era muito alumiada pra ver cometa. Chegando lá, muito escuro, fiquei com um olho no Halley e o outro no foco da lanterna, em espreita de bandido desalmado vindo do mato. Acho que não valeu a pena o desconforto, que o Halley apareceu fraquinho, fraquinho. Trágico foi o sucedido com os tripulantes da nave espacial Challenger. O foguete subiu cheio de gente da mais alta qualificação, inclusive uma professora primária, pra espiar o Halley sem o atrapalho da atmosfera e deu o que se deu. A Challenger explodiu como um bólido incandescente. 

George Alberto de Aguiar Coelho
Fortaleza, 6/6/2012



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