sábado, 19 de maio de 2012

Não tão puros assim

Os que se acham puros demais, pelo amor de Deus, não se decepcionem. É que os caras do saber descobriram que não somos tão homo-sapiens assim. A ideia de que saímos triunfalmente humanos únicos da África há 50.000 anos, parece não ser verdadeira. Tão dizendo que eu, tu, ele, nós, vós, eles somos uma mistura de espécies, com sangue do Homem de Neandertal e de uma espécie apelidada Denisovans, encontrada na Sibéria. Nos couros, digo, no sangue da gente, deve rolar sangue também de mais outra espécie, esta encontrada na Indonésia: homo-floresiensis. Os exames de DNA descobrem cada coisa. Mas não descobriram se os Denisovans cruzaram com os Neandertais. E também se cruzamos ou não com os homo-floresiensis, que o clima da Indonesia não conserva bem esqueletos. Voltando ao orgulho besta de sermos puros, deve ser porque somos os únicos sobreviventes dos humanos, pelo menos pensava-se assim antes dos exames de DNA. Lembrando que o homem de Neanderthal se foi há 30.000 anos; o homo-floresiensis há 17.000 anos e o esqueleto de uma garota Denisovans, encontrada em caverna na Sibéria, datou 40.000 anos. Inteligência não deve ser o único atributo condicionante para a sobrevivência da espécie. Por exemplo, para baixar mais a bola da humana vaidade sapiens, é bom saber que o homem de Neanderthal tinha um cérebro mais volumosos que o nosso. E se a gente levar em conta que estamos muito do perto da extinção, por conta de nossa astúcia de aprontar guerras e sujeiras sem fim, num futuro próximo, a barata é que posará de inteligente.
George Alberto de Aguiar Coelho
Escrito em 31 de janeiro de 2012

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