sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Luar da caatinga

Noite clara, branca noite
Da caatinga do sertão.
A lua da cor de prata
Ilumina e arrebata,
Vagalume e solidão.

Na imensa amplidão,
Do azul do céu leitoso,
Faíscam e caem estrelas,
Magia da natureza,
Cenário maravilhoso.

Num instante majestoso,
Toca a orquestra da floresta.
Sapo coaxa, grilo e jia.
Coruja espia e pia,
Agourando a seresta.

A natureza em festa,
Cheiro de mato no ar,
E a gente a papear,
Fumo de rolo a picar,
De cóc´ras no copiá
Da casinha de palhinha,
Alumiada ao luar.

Estórias que eu vi contar,
Com sopro no coração,
De sucuri arrochar,
De onça, boi marruá,
Lobisomem, assombração,
De  Corisco a Lampião,
Na casinha de palhinha,
Lá no luar do sertão.

George Alberto de Aguiar Coelho

Nenhum comentário:

Postar um comentário